segunda-feira, 13 de setembro de 2010

Você acha que eles vão te amar?

Interserve
palestra 3

1. A confusão de identidade religiosa e étnica
  • globalização
Todos usam as mesmas roupas, ouvem as mesmas músicas...
  • procura por identidade nacional e étnica
 Há menos de 50 anos atrás, a grande maioria dos países muçulmanos eram colonizados por países cristãos.

Cada vez mais identidade religiosa se mistura com nacionalidade, envolvendo violência física com os em desacordo com esta identidade.

Esta procura é uma recusa à globalização, que é capitaneada pelo ocidente cristão.

Uma menina de 11 anos foi espancada até próximo à morte por ter se apresentado como cristã após a professora de sua escola ter dito algo como “no Paquistão todos somos muçulmanos”

2. Cosmovisões diferentes: ministério integral e “fitna”
Marrocos, Malásia e outros países expulsam trabalhadores estrangeiros sob a acusação de fazerem proselitismo religioso, minar a fé dos muçulmanos.


“Fitna” é uma forma muçulmana de entender todas as coisas que tentam tirar uma pessoa do mundo muçulmano.


Mesmo sendo apenas um trabalhador, o cristão pode ser culpado de “fitna”.


A graça de Jesus Cristo não é vista como graça, mas “fitna”, como manipulação pelas autoridades de muitos países muçulmanos.


Uma médica idosa, próxima a aposentadoria, após mais de 20 anos de serviço dedicado a uma comunidade, foi assassinada a tiros dentro do hospital por um membro desta comunidade. Ao ser preso e questionado sobre sua motivação, respondeu que o amor com que ela atendera sua esposa enferma (que relatara a ele o cuidado) era uma ameaça a sua fé.


O sentimento de vergonha que os povos muçulmanos experimentam pela colonização europeia é uma das razões da desconfiança para com o mundo judaico-cristão. Esta é uma das razões pelas quais não somos amados ou dignos de confiança.


Uma das razões pela qual Jesus foi morto foram as visões contrastantes do Reino de Deus. O Reino de Jesus era o da Verdade, e o dos judeus, o estado político.


A realidade de sofrimento e rejeição será sempre presente para nós.

3. A realidade de incompreensão, rejeição e sofrimento
“Os cristãos não se envolvem no culto insensato dos imperadores. Eles fazem melhor: eles oram poe eles. Os cristãos podem se dar ao luxo de ser submetidos...” (Tertuliano)


Durante 40 anos, um missionário do século XIX viu apenas 5 profissões de fé, e todos desapareceram. Hoje, a região tem milhares de cristãos.


Vocês acham que seremos amados por servir aqueles que não nos compreendem, não compreendem o que desejamos compartilhar? Mesmo que sejam apenas cuidados profissionais! Enquanto demonstração prática do amor de Deus, é visto como ameaça à fé da localidade.


O amor de Jesus nos ensina que não vamos para sermos amados, mas porque amamos.


Morrer pelo auxilio aos corpos é tão nobre quanto pelo auxílio as almas, pois corpo e alma são indissociáveis. Paulo foi preso, e posteriormente executado em Roma, não por estar, no momento da prisão, pregando o Evangelho, mas por estar levando recursos financeiros à necessitada igreja em Jerusalém.

4. À procura de motivação pura:
As acusações:
  • fazer dinheiro
  • ganhar mérito
  • superioridade
  • ganhar poder
  • fazer convertidos
“A maneira pela qual testemunhamos dever ser coerente com o seu conteúdo.“ (Vinoth Ramachandra)


5.  marcas de bom motivo:
  • respeito: sem arrogância, dispostos a aprender com as pessoas a quem queremos servir. E isto é respeitar a imagem de Deus presente no próximo
  • humildade: não temos todas as respostas, morais ou culturais. Jesus, sendo Deus, se fez como nós. Pregamos como testemunhas, não como soldados, ou comerciantes, mas como embaixadores do Senhor que se fez servo.
  • Amor: “a diferença entre o compromisso de um cristão para o com os pobres é a generosidade de um pagão foi que o cristão amou o pobre” (Gregório de Nazianzus)
  • serviço e sofrimento: talvez nada separe mais o cristianismo do Islã do que a atitude em relação ao sofrimento. Risco e vulnerabilidade são parte do discipulado. Sofrimento é o cerne do cristianismo, enquanto vitória é o do islamismo. Para o muçulmano, sofrimento é marca de fracasso, enquanto para o cristão é marca do discipulado.
Você acha que eles vão te amar? 2Co 4:7-11
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texto baseado nas anotações tomadas durante a palestra por Eduardo R Mundim

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